Na primeira vez no Brasil, Tabber deu um show de simpatia - e também cantou uma setlist impecável
- Vamos Falar de Pop
- 7 de nov. de 2023
- 3 min de leitura

No último dia 28, o rapper sul-coreano Tabber fez sua estreia em palcos brasileiros. O Studio Stage, em São Paulo, foi o cenário do encontro do cantor com os fãs do Brasil, donos de uma energia única. Quem passasse na porta do estabelecimento certamente acreditaria que a quantidade de pessoas lá dentro era três vezes maior. Por Tabber, o impacto positivo foi retribuído com sorrisos simpáticos, interações fofas, muita atenção e carinho. As músicas incríveis fizeram parte do pacote e foram acompanhadas na ponta da língua pela plateia.
Tabber abriu o show com “Healing Killing”, faixa de abertura de “Madness Always Turns to Sadness”, álbum lançado três dias antes do show. Ainda assim, o coro de “oh, why are you killing me like you are healing me?” foi alto, claro e passou uma mensagem: os fãs esperaram muito tempo para não aproveitar com tudo o que tinham. “Baby Doll”, “shut the f**k up, that’s mine”, “Creepin’” e “Being”, title novo lançamento, continuaram a sequência de músicas “novas” (“Creepin’”, que conta com a participação de Paul Blanco e Miso ganhou o mundo antes do “Madness Always Turns to Sadness”). “Invisible Man” e “I Want You”, do mesmo álbum, ficaram para o final do show.
Crédito da imagem: Ariel Cristina Borges
De “Deep End Mix Tape”, primeiro lançamento de Tabber pela you.will.knovv, apareceram na setlist “Devil May Cry”, “Look At My”, “Honey!” - uma das preferidas entre todos os presentes - e “Like a Vampire”. Nesta última, inclusive, Tabber mostrou ao vivo sua extensão vocal, cantando algumas das partes de So!YoOn! mais alto que o backtrack usado nas músicas que tinham parcerias.
“untitled”, “Reset” e “Wake Up” foram as inclusões que saíram direto do reality Show Me the Money. “Electric Animal”, “Adrenaline”, “Last Long”, “ROCKSTAR” e “3AM Freestyle” também apareceram na setlist. Um dos pontos altos da noite, porém, foi “007”. Antes do show começar, o MV do hit passou no telão e deixou claro para todos os presentes que a plateia seria incrível durante todo o set. Ao vivo - e usando os icônicos óculos de grau para a performance -, Tabber foi especialmente acompanhado por centenas de vozes cantando “007, she’s a pro, no hesitation for weapons, said she’s such a pro”. Sim, Tabber, we like this trombone, metal, silver and gold.
Versátil, Tabber foi do rap ao R&B, passando até pelo pop rock. Das músicas mais melancólicas e reflexivas, cantadas enquanto ele estava sentado na escada do cenário ou parado com o microfone no pedestal, às mais animadas, que arrancaram gritos e pulos da plateia, ele preencheu o palco. Isso tudo sem precisar de muito mais do que um jogo de luzes, um figurino básico e uma mesa de som operada pelo DJ. Bem como um artista de verdade deve saber fazer - não importa o tempo desde o debut ou a quantidade de pessoas assistindo.
Ainda assim, a qualidade técnica, vocal e musical já era esperada por quem já conhecia o cantor. Tabber ganhou, mesmo, no carinho com os fãs: desceu do palco inúmeras vezes, recebeu presentes, deu abraços, levou uma capivarinha de pelúcia de volta para a Coreia e assinou inúmeros autógrafos durante o show. Inclusive, se despediu depois de resistir à equipe com um “vejo vocês lá fora” e antes de ir embora e fez tudo de novo, dando outra chance para os fãs de longa data e para quem tinha acabado de ser conquistado de ter mais um registro de uma noite incrível. Tabber entreteu, emocionou e ganhou os corações de todo mundo: já estamos esperando a próxima turnê!
Texto: Ariel Cristina Borges
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